sexta-feira, 16 de novembro de 2007

MUITA CRISPAÇÃO

Em Portugal está em agitação o sector financeiro, nomeadamente, com o que se tem passado com o BCP. Está em agitação o meio judicial, por exemplo, com algumas imprevidências legislativas, como a que concerne a normas que só podem constar do Estatuto dos Juízes e Magistrados. Igual desconsideração aconteceu com os que abraçaram a carreira militar. Agitação, também, em tantos reformados que, de repente, podem passar a pagar impostos com que já não contavam nestas fases das suas vidas. Muito incomodada está também a Hierarquia da Igreja Católica, com uma série de medidas que têm sido anunciadas, pondo em causa o seu estatuto na sociedade Portuguesa: depois do que se passou com os capelães e com o papel que têm no acompanhamento das pessoas hospitalizadas, agora é o anúncio da retirada do apoio à Universidade Católica.
Estes são só alguns exemplos da situação do País. Hoje ouviu-se mais de um manto de dúvidas sobre as grandes empresas tendo o Presidente da CIP confirmado essas palavras.
Algo se passa em Portugal em sectores que são pilares do Estado e da sociedade Portuguesa.
Às vezes em consequência de decisões do Governo, mas não só. Parece que de repente, em Portugal, não há quem escape a um juízo negativo do Governo ou do Estado. São os professores, são Universidades, são sindicatos, são as farmácias, são os consulados, são os agricultores, são os elementos das forças de segurança.
Não quero fazer demagogia. Vários sectores precisavam e precisam de decisões e de garantia de cumprimento de regras. Nalguns casos, como no BCP, os acontecimentos nada têm a ver, nas suas causas, com o Governo ou com o Estado. E é bom que assim continue. Mas há muita crispação no ar. E não só no ar. É preciso que a sociedade acredite em si própria e que sinta sólidas as suas traves-mestras. Só assim será possível tornar sólido o que se quer construir.

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